terça-feira, 28 de dezembro de 2010

FMI das arrumações

O Natal, quando chega, é para todos. Adultos e crianças. Seres humanos e seres inumanos. Bichos e plantas. Móveis e imóveis.

Imóveis?... Sim, imóveis. Que o diga o "15-12" (termo carinhoso que utilizamos para designar o nosso cantinho em Belém) depois da limpeza a fundo levada a cabo pelas Super Tias durante a tarde de ontem.

Aquilo que tanto se assemelhava a um armazém abandonado e, posteriormente, ocupado por mendigos desorganizados e sem qualquer noção do conceito de arrumação (entenda-se Luís, Nica e Manel), transformou-se de repente num apartamento agradável, de fácil e contagiante habitabilidade.

Foi como se o FMI das arrumações tivesse chegado. E em boa hora o fez!

O meu agradecimento, portanto, à magnífica prenda que as Super Tias ofereceram ao 15-12.

Voltem sempre! ;)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Arménio França



Hoje falo-vos de Arménio França.

O quê, não me digam que nunca ouviram falar dele!...

É normal. Eu também não fazia ideia, até dar comigo armado em parvo a investigar novos rumos políticos para a eventualidade de, lá mais para a frente, decidir escolher um.

Arménio França é o fundador do partido MPA: Minha Pátria Amada. É um homem de visão, de bom senso, carismático e bem-falante.

Garanto-vos que não há nada mais motivante para um jovem do que, em tempos difíceis e de indecisão, ser iluminado pelas palavras de Arménio.

O vídeo fala por si.

Bem haja.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

Sábado peguei num saco do qual já não precisava, meti-lhe uma série de roupas que já não usava e um mítico almanaque da Turma da Mónica e levei-o comigo para a estação de Santa Apolónia.

Lá dentro coloquei um papel com a mensagem: "A quem encontrar este saco, Feliz Natal! Espero que sirva...". Procurei um canto discreto da estação e ali o deixei.

É possível que tenha sido encontrado pelos seguranças, visto como uma embalagem suspeita e originado a evacuação do local, bem como a intervenção da equipa especial de explosivos da PSP.

Mas acreditem que me senti mesmo bem ao fazer isto.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Crazy Heart

Ontem vi - finalmente -e adorei.

Fotografia de tirar o fôlego, banda sonora fantástica e um Jeff Bridges surpreendentemente genial!

Recomendo a quem ainda não viu. Vão gostar.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Mais taxistas

Já não sei como, a conversa foi dar em mulheres. E diz-me o taxista:
- "Meu amigo, um conselho: não tente sequer compreendê-las. A sério, não vale a pena!"
- "Pois", digo eu. "Não é fácil, pois não?"
- "Olhe. Eu tenho a experiência de um casamento de 4 anos e digo-lhe que é assim..."

Silêncio.

- "Sabe?... É que as mulheres são capazes de uma coisa que a gente não é: elas são capazes de fazer amor sem sentimento, e nós não!...".

Too much information.

Fui calado até casa, a tentar repelir as imagens daquele senhor, com o seu cabelo à Duran Duran e bigode digno de um Toni, a fazer amor sentido com a mulher. Credo.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Fenomenal

Em 1979, José Mário Branco escreveu um texto que, mais tarde, viria a musicar.

Peço-vos que tirem 10 minutos da vossa rica vida, vão ao youtube, escrevam "FMI" e se deliciem com as duas partes da actuação.

Parece que foi escrito ontem.

E está tão bom.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Cantinho dos Sabores

Para recordar:

cantinhodossabores. blogs.sapo.pt

É que não tarda nada, tá aí o fumeiro.

E falar nisto dá-me fome... Acho que vou ali e já venho.

Braços e Abeijos!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Esta semana não escrevo mais do que isto...

... e porquê? Porque não quero "postar" nada que se sobreponha à mensagem que se segue:

"Próxima 6ª Feira, dia 5 de Novembro, pelas 21h00 na Sic Mulher: CHAKALL & PULGA em MONTALEGRE!!! Padre Fontes, Chouribebes do Barroso e muito mais!!! A não perder, obviamente... "

:)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Medo

"Mô migo, eu num ligo a futebol. Os meu desporto é os carros. E o tiro ao prato! Tiro ao prato e tiro em precisão. Uma altura fiz tiro em precisão ali no Algés e Dafundo. Tinha uma "bérintón" de canos cerrados. Aquilo é que é uma arma, tá a ouvir? Custou-me 5 mil contos!... Tem uma precisão que mata um homem a 500 metros 'stância. Uma garrafa de vidro... a "bérintón" não a parte! Corta-a! É como lâmina, tá a ver?... Aquilo é que é uma arma... É isso o meu desporto, é as armas e os carros."

(By taxista que me trouxe ontem, à meia-noite, de Santa Apolónia para Belém)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Amanhã...

Amanhã será um dia feliz.
Amanhã vão entregar o frigorífico na minha casa nova.
Amanhã o Benfica vai ganhar ao Lyon e afirmar-se como líder do grupo.
E já que se fala em Benfica... Amanhã vou entrevistar o Dr. António Mexia no interior do Estádio da Luz.

...

Sim. Amanhã será um dia feliz! :)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ego

Deixem-me estar! Deixem-me ser!

Deixem-me amar!...

Amar rochas, flores, animais!

Amar histórias, contos, epopeias!

Amar um Deus… Amar os meus...

Amar tudo e todos por Terra fora.

E amar a mim.

Sobretudo a mim.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Lição

Quem me conhece desde a idade tenrinha, sabe que há já alguns anos mantenho uma ferverosa relação com a Sra Acne.
Esta relação, iniciada nos tempos da puberdade, tem feito com que a Sra Acne me presenteie, invariavelmente, todas as semanas com uma mancheia de convexidades - vulgo borbulhas - espalhadas um pouco por toda a cara e dorso.

Confesso que não são as melhores prendas que uma pessoa pode receber da sua parceira de relação. Torna-se bastante desconfortável saber que, por exemplo, no caso de decidir mamar uma caixa inteira de bombons Regina, para além da revolução intestinal prevista, virá uma boa dose de oferendas da Sra Acne.
Não sou, no entanto, nem nunca fui pessoa de me deixar intimidar por debilidades físicas e, portanto, nunca tive grandes problemas em apresentar-me ao público com uma ou outra espinha fora de jogo e prestes a rebentar.

Mas, enfim... como tem acontecido um pouco por todo o mundo com a maior parte das relações normais de duração superior a 10 anos, decidi colocar um ponto final na minha relação com a Sra Acne. Estourei umas dezenas de "érois" em medicamentos e comecei um tratamento cujo fim está previsto para Março de 2011.

Lembro-me que ontem de manhã dei de caras comigo próprio no espelho do WC e identifiquei, com a mesma invariabilidade de sempre, a tal mancheia de presentes da Sra Acne.
E, pela primeira vez na minha vida, encarei as convexidades com naturalidade e desprezo, porque sabia que dali a uns dias, semanas, meses, tudo aquilo não passaria de uma reles memória do passado.

Ora, o que pretendo com este artigo não é de todo partilhar a minha saúde dermatológica convosco. É, antes, mostrar a força que tem a relatividade das coisas... O facto de deixarmos de dar importância a coisas mínimas do dia-a-dia quando temos em mente, bem focado, um objectivo concreto a longo prazo.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Saudações Guntchalinhescas!!

Aos que sofreram duramente com a minha prolongada ausência dos relvados bloguistas, eis-me aqui a marcar presença, presenteando-vos com a medíocre pujança e paupérrima vivacidade que o meu rocambolesco quotidiano me permite.

Sempre gostei de escrever por tópicos. Se, por um lado, resumem a história mais longa em meia dúzia de linhas, por outro, disfarçam à descarada a minha incapacidade lírica de escrever bem.

Portanto aqui vai. Desde a fatídica Sexta feira 13 em Montalegre, o que me aconteceu foi isto:

1 - Fui promovido a produtor do programa "Chakall & Pulga", a transmitir futuramente no canal SIC Mulher. Trata-se de um programa que mistura a culinária com os potenciais turísticos das regiões de Portugal, com as inúmeras viagens desta dupla que o célebre chef Chakkal forma com a sua cadela, a Pulga. Com esta promoção, já tive a oportunidade de trabalhar em Aveiro, nos Açores (pela primeira vez) e preparo-me para as gravações na capital de Barroso! Sim, Montalegre é o próximo destino... preparainde-vos!!

2 - Visitei Salamanca (pela primeira vez) e fiquei encantado com a cidade!... Ok, havia festas, animação e tapas saborosas à venda em todas as esquinas. Mas juro que é mesmo fixe.

3 - Vi o meu Benfica dar 2 galhetas ao Sporting. E soube-me a muito menos que os caracóis e o marisco que mamei - de forma javardenta - no mesmo dia.

4 - Tirei uns dias para visitar Itália (pela primeira vez). Incredibile... Gostei muito de Milão. AMEI Veneza. Como diria alguém que conheço, "lo pasé muy bien". Visitei a Rute, que já não via há 4 anos! E percebi que eles disfarçam coisas normaizinhas com nomes elaboradíssimos. Exemplo: "Latte Macchiatto" é, nada mais, nada menos do que uma meia de leite.

5 - Nasceu o Gustavo! Parabéns aos papás!

6 - Está tudo a postos para me mudar para a minha nova casa, com o meu primo Nica e mais alguém (a definir). A casa fica a 200 escassos metros dos Pastéis de Belém. Vou ser tão feliz...

5 - Voltei ao trabalho, com uma dose maior que nunca. Ando a dormir às mijinhas. Mas é como vos digo: estou de volta! Agora aturai-me...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sexta-feira 13, Agosto 2010. Local: Montalegre.

Não dá para explicar.
Descrever? Impossível...
Resumir?... Talvez. Mas não garanto nada...

A festa (pelo menos a minha) começou por volta das 15h com a arruada do trio "o Bom, o Mau e o Vilão" pelas ruas da capital embruxada. A caixa marcava passo, o acordeão garantia a melodia, a guitarra seguia-o a espaços e o megafone espalhava a pergunta de ordem do dia: "Mas quem será o pai da criança?". Os que ouviram sabem a resposta, com certeza...
Assim se cantou e dançou (e bebeu) durante toda a tarde, com direito a uma gravação do esconjuro nos estúdios da Rádio Montalegre, na companhia do Bruxo-Mor, o ilustre Padre Fontes.

Jantou-se e seguiu-se para a animação de grande parte dos restaurantes da vila. Todos ficaram a saber quem é o pai da criança. E todos, sem excepção, garantiram a boa disposição dos músicos, ao oferecer a cada um uma boa dose de líquidos de considerável teor alcoólico.

Houve músicos a preferir Coca-Cola. Não foi o meu caso.

O fogo de artifício no Castelo dava sinais de que a queimada estava pronta. E os cerca de 30.000 visitantes, portugueses e estrangeiros - com especial referência às "nuestras hermanas", que também decidiram presentear-nos com a sua visita - lá se encaminharam para os potes de poção mágica. E aí, sim, começou a noite: Enfeitiçados, possuídos, loucos de toda a espécie invadiram os bares de Montalegre e fizeram desta noite a maior festa local desde que me lembro de ser pessoa!

Quem lá esteve sabe como foi. Quem não esteve... para o ano há mais!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Pensamentos...

"O mal de todas as coisas começa em mim e na minha incapacidade de acreditar que pode ser meu o primeiro gesto da mudança."

Calculo que já exista um sem número de frases com significado semelhante, mas esta é minha. Pensei-a eu, ontem, enquanto lavava a loiça.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A insustentável ingratidão do ser

Domingo á noite, sentado no sofá da sala em frente à TV, fiz o zapping mais curto da história. Isto porque, após começar na RTP1, parei logo na RTP2, colado que fiquei a ver "O Que Diz Molero", uma peça interpretada por Zé Pedro Gomes e António Feio.
Sei perfeitamente que aquilo que mais me atraíu naquele momento foi o facto de estar ali, à minha frente, a falar e a mover-se de um lado para o outro, alguém que, horas antes, tinha deixado este mundo.

Fosse este um domingo qualquer, e eu passaria pela RTP2 com a mesma velocidade com que passo pelo canal Bloomberg. Mas não era. E fiquei a ver.

Uns largos minutos depois - quando consegui descolar dos estranhamente atraentes semblantes a preto e branco - passei pela SIC e tornei a parar na TVi. Estava a dar a Conversa da Treta. E aí, sim, colei a sério! Colei e ri-me à gargalhada, sozinho, como há já muito não acontecia! Apreciei cada segundo de humor debitado por essa dupla perfeita que, como ninguém, sabia esmiuçar a essência do tuga, no estilo, nos gestos e, claro, na linguagem cacofónica. Sempre gostei da Conversa da Treta mas julgo nunca me ter dado tanto para rir como naquele momento.
E depois de uma hora praticamente seguida a rir em fartote, parei e pensei em como é injusto que as coisas sejam assim. Como somos ingratos ao deixar que, na maioria das vezes, a morte de alguém seja o único empurrão com força suficiente para nos levar a entrar na sua sala de troféus e a apreciar, aí sim, ao máximo, tudo de bom quanto essa pessoa conquistou e nos ofereceu.

Não escrevo por se tratar do António, do Manel ou do Joaquim, até porque o Feio foi um artista enorme, com dispensa a enaltecimentos.

Escrevo-o, sim, porque me parece ser uma triste verdade.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Sinais do tempo

Ontem aconteceu algo que me fez virar para mim próprio, rir-me de mim próprio e dizer a mim próprio: "Pah, tás a ficar velho!".

Basicamente, adormeci no barbeiro. E isso é, para mim, um dos sinais mais claros de velhice. Ninguém adormece enquanto bicos afiados de tesouras lhe raspam o toutiço... a não ser, claro, que a idade implique que o facto de estar sentado e descontraído, seja em que circunstâncias for, leve ao apagão automático do sistema.

Isto passou-se à tarde. Irónico é eu ter passado a manhã de ontem a discutir com o meu colega Jorge quais eram os adereços mais relacionados com a velhice.
Até agora estamos em acordo nas seguintes:

1 - Óculos graduados com lentes escuras ligadas por dobradiça;
2 - Suporte de telemóvel adaptado ao cinto (this one's for you, Dad...);
3 - Sandálias de couro castanho;
4 - T-shirt por dentro das calças.

Aceitam-se sugestões para completar a lista...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pensamentos

Como é possível que na mesma vida - na mesmíssima vida! - na mesma pessoa, no mesmo corpo, na mesma mentalidade, dentro dos mesmos padrões de análise experimentalista do quotidiano, possa haver dias tão diferentes: uns, de realizações pessoais extremas que roçam a perfeição; outros, de uma futilidade assustadoramente desmotivante...?

Volta, Freud, estás perdoado.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Meu Irmão

Do berço aos 10 conquistaste

- enchendo teus pais de agrado -

a fama de bom rapaz,

calminho e bem educado.

Dos 10 aos 20, assumiste

o rebelde em ti escondido.

Um cigarro, um copito...

e, claro, o cabelo comprido.

Num mar de jovialidade,

Com postura e muita pinta

Deste inveja aos que envelhecem

Quando vão dos 20 aos 30.

Parabéns, meu caro irmão!

Como tu, não há nenhum.

Mas o que lá vai, lá vai...

Começa agora o 31!...

O Nabuco

Chamem-lhe tardia, irónica, estratégica, o que quiserem. Eu acho que esta homenagem é, sobretudo, merecida. E aqui vai também o meu "bem-haja" ao Manel Nabuco!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Pau pra toda a bola

Eu hoje estou cruel! Frenético! Exigente!... Armado em Cesário, vá.

E estou cansado. Sobretudo, cansado. Ontem, após uma maratona de futebol indoor num estúdio que muito se assemelha ao do meu local de trabalho (é que é mesmo, mesmo parecido!!...), parti para uma horinha de ténis ali prás bandas da Póvoa de Sta. Iria. Puxadote...

Ora, antes ainda que os meus músculos tivessem tido tempo de se começar a queixar, já eu estava ás 22h no parque de Monsanto pronto para um jogo de futebol de 7!

Na próxima semana afigura-se-me, para além do ténis e do futebol, um treino de volei.

Apelo ás entidades competentes no sentido de verificarem se há por aí algum "prémio versatilidade desportiva" que me possam dispensar. Eu prometo que, caso seja necessário (e tenha tempo), acrescento uma partida de bilhar e 10 risquinhos de sueca ao meu currículo.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Falhanço

Perguntem ao meu primo Carlos Gaspar se eu ontem não disse que ia ficar 6-0 para Portugal...

Ainda bem que me enganei! :)

FORÇA PORTUGAL!!!

(Ah! E agora sim, haverá uma boa dose de desertores na selecção norte-coreana...)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Pois é, pois é...

"Tudo na vida acaba bem. Se não está bem agora, é porque ainda não é o final..."

Bonito, hein?

Filosofias profundas que acabamos por encontrar nas paredes de um bar do Bairro Alto.

E já que falamos em Bairro Alto, fica aqui o convite para comparecerem no bar "Kitschn'", na Rua da Atalaia, na próxima 6ª feira. Parece que os donos decidiram colocar em risco o bom nome da casa e apostar em mim para dar música ao pessoal a partir das 22h.

Um bem haja a todos.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Greve

Possa o título desta mensagem servir - à meia dúzia de seguidores do anteu - como explicação ao facto de eu ter estado ausente durante todo este tempo.
Ao ver que, no panorama nacional, todos à minha volta decidem entrar em greve a torto e a direito, decidi eu próprio fazer a minha própria greve.
Tal como a maior parte dos grevistas, eu também não sei bem a que propósito fiz greve nem o que pretendia com isso. Mas o facto é que sou grevista e, com isso, cresceu um "não sei quê" de revolucionário dentro de mim. E sinto-me um bocadinho feliz por isso.

Descobri há pouco tempo que os japoneses têm uma forma muito peculiar de fazer greve. Numa fábrica, por exemplo, o seu protesto é feito em forma de trabalho a dobrar. Trabalham o dobro, produzem o dobro e no fim o patrão vê-se a contas com a necessidade de escoar os produtos em excesso por preços muito inferiores, o que se reflecte, basicamente, em prejuízo.

Numa palavra: Classe!

Eu até podia ser como os japoneses e bombardear-vos com o dobro dos artigos e, consequentemente, o dobro da estupidez... Mas confesso que sou demasiado tuga para o fazer...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Aviso

Como a maior parte de vós, também eu recebi de prenda, em tempos, um quadro com um texto que contém a definição do meu nome. A definição resumia-se, basicamente, ao seguinte: Luis - Chlodowig - Glorioso Guerreiro.

Hoje, ao descobrir que os meus amigos Abel e Rita vão ter um Gonçalo, decidi que seria altura de saber mais sobre o meu segundo nome. E eis que, após pesquisa no google, me surge o seguinte:

Gonçalo - Gunthi all vus - Homem disposto para todo o tipo de luta, ou dito de forma mais simples, guerreiro.

Com isto, penso que não será preciso dizer mais nada. Aliás, nem quero aprofundar o conhecimento acerca dos nomes "Gaspar" e "Pedreira" que é para não vos assustar mais.

Fiquem apenas com a noção de que eu sou um Guerreiro a dobrar e pensem duas vezes antes de me atacar. Mesmo que eu vos provoque numa noite de bebedeira chata, a chamar-vos nomes feios e a gozar com a roupa que trazem vestida.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Pumba!

Que eu adoro o meu cantinho barrosão, ninguém tem dúvidas. E quem tem, é burro.

Mas há coisas em Lisboa que me fazem ver com bons olhos esta aventura cá pelo sul.

Veja-se o meu fim de tarde, depois de sair do trabalho, por volta das 18h:

Apanho o metro de Cabo Ruivo até à Alameda e, quando me vou a dirigir à linha verde, sou interpelado por uma gentil donzela que, enveredando um traje de publicidade de uma conhecida marca de margarinas, me oferece um papo-seco barrado de BECEL e um iogurte BECEL PRO-ACTIV com sabor a tangerina. Fresquinho. E o iogurte também. Espectáculo.

Sigo para a linha verde e, uma vez chegado ao Cais do Sodré, já a caminho do comboio, surgem duas individualidades femininas enveredando um traje de uma conhecida marca de cervejas e me oferecem um copo de SUPER BOCK Maçã! Ok, era sem álcool. Mas também estava fresquinha! Em três goles foi-se. E eu todo contente...

Chegado a Algés, eis que desafio o meu primo Carlovski (a.k.a. Nica) a uma caracolada acompanhada de cerveja à séria. E não é que ele aceitou?!...

Pumba! Fim de tarde perfeito.

Não é que não haja fins de tarde destes em Montalegre, porque sei bem que os há!

Apenas quero que fique registado que por aqui também não se 'tá mal...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Às escondidas

É notícia de capa em muitas revistas e alguns jornais: Yannick Djaló e Luciana Abreu deram o nó.
Num evento de alto secrecismo, os dois conhecidos rostos da alta sociedade portuguesa casaram-se e assumiram o amor profundo que os une.
Fico muito feliz por esta união, especialmente pelo facto de Pedro Pinto poder, agora, ser devidamente perfilhado e integrado no agregado familiar.

Aos que não sabem quem é Pedro Pinto, informem-se. Vale a pena.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Teoria da Relatividade

Há coisas que se tornam relativas com uma simplicidade impressionante.
Nós, portugueses, sabemos bem que os pilares da nossa vivência são, essencialmente, Religião, Fado, Futebol e Gastronomia. A ordem é indiferente, varia consoante a pessoa. Mas esta é uma mescla que nos identifica em qualquer parte do mundo.
Porém, é notável a relatividade que cada um deles pode ganhar quando um outro se sobressai.
Por exemplo:

Benfica Campeão Nacional 2009-2010!!!... Ah, e amanhã vem cá o Papa.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Contra mim falo...

Chegou a altura de fazer um ponto de situação no panorama da música portuguesa. Numa sociedade em que se consomem toneladas de estrangeirices à refeição, deixando o produto nacional para mera sobremesa, torna-se necessário perceber o que se passa com os gostos musicais dos portugueses.

É sabido que, além do "Pimba", da música de baile, de algum fado e de um número de artistas/bandas Pop-Rock que se conta pelos dedos das mãos, a música em Portugal nunca foi uma fonte de rendimento convidativa. Isto deve-se, não à falta de qualidade da música em si (que é e sempre será relativa), mas à preferência do público português pelo que vem lá de fora. Esgotamos Coliseus, Estádios e Pavilhões em concertos de U2, Beyoncé, Metallica, Tokio Hotel, Muse, etc., enquanto que a tarefa de encher o Santiago Alquimista ou outra sala de espectáculos de dimensões simpáticas numa actuação de Tiago Bettencourt, por exemplo, se aparenta hercúlea.

Faça-se agora uma comparação simples com "nuestros hermanos".
As estações de rádio espanholas passam uma média de 80% de música nacional.
As estações de rádio portuguesas são OBRIGADAS POR LEI a passar um mínimo de 25% de música nacional.

Pergunto eu: Até quando?

Até quando vamos dar prioridade à música estrangeira, só porque integra a banda sonora de filmes, de séries ou de novelas que nos bombardeiam a TV?
Até quando seremos capazes de fechar os olhos aos muitos artistas portugueses de valor que há por aí fora?
Até quando vamos contribuir para a descaracterização cultural do nosso povo, que teima em abandonar as raízes, porque são "parolas" e "foleiras"?

A produtora Flor Caveira tem apostado recentemente, e muito bem, em artistas portugueses. Trata-se de estilos alternativos, é certo, mas não deixa de ser, na minha opinião, uma aposta ganha. Sugiro que dêm um ouvido aos seguintes:

B Fachada, Samuel Úria, Pontos Negros, Diabo na Cruz, João Coração.

Depois digam-me o que acham.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Bem...


... acho que esta figurinha explica muita coisa.

sábado, 1 de maio de 2010

Nómada

Terça-feira pelas 19h30 saí de Lisboa em direcção ao Porto. Cheguei ao Porto por volta das 23h30. Na manhã do dia seguinte, às 7h30 Estava a acompanhar uma comitiva EDP numa excursão até Castelo de Bode e Carregado, ou seja, praticamente estava de volta a Lisboa nessa tarde, sendo que pelas 17h30 já estava de malas prontas a dirigir-me para Miranda do Douro. Por terras mirandesas foram dois dias de "passeio" pelas barragens de Picote e Bemposta, sendo que às 18h de ontem me estava a meter no carro em direcção ao Porto.

Hoje estou no Porto, amanhã vou de comboio até Lisboa. E 2ª feira de manhã estou em Mafra a fazer uma reportagem na Biblioteca do Convento.

Espectáculo!!

(Mas é como diz o outro... "Elas não matam, mas ajudam...").

domingo, 25 de abril de 2010

Ó Camões...

Diz-me lá tu, ó Camões,

Do alto do pedestal,

Se vislumbras com teu olho

Um Futuro a Portugal.

Diz-me se tem razão

Esta ideia que não cansa,

De que neste nosso povo

Devemos manter a esp'rança.

Que nós, portugueses, estamos

Esquecendo em sono profundo

O valor que conquistamos

Um pouco por todo o mundo...

Então diz lá, ó Camões,

O que falta realizar

Para que saibamos que é hora

de DESPERTAR!!

(É o que dá descansar 10 minutos nos bancos da praça de Camões, numa boémia noite de Sábado...)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Uma conhecida marca nacional de azeite lançou recentemente um ataque de publicidade em massa, através da TV, cartazes e jornais. Entre as frases que o integram, está a seguinte:

"Ser tudo o que podemos ser. Porque não?"

E sempre que a leio, penso. Penso muito!...

Penso se haverá desperdício maior do que passar uma vida agarrados ao que temos, apenas por medo de que aquilo que realmente procuramos não exista. Uma vida? Não. Um segundo, que seja. Basta que por um momento nos deparemos com a terrivelmente decepcionante imagem de nós próprios a recusar a viagem sem destino, sem seguro, sem bagagem, sem companhia, usando como justificação um simples "Oh... é melhor não.".

Serei a única pessoa a pensar assim?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Mensageiro

Domingo à tarde peguei na guitarra e fui dar uns acordes para os jardins de Belém, de forma a poder aproveitar da melhor maneira o sol que se fez sentir pela cidade.

Lá chegado deparei com uma plateia bem composta, espalhada um pouco por todo o verde. Numa primeira análise quis acreditar que toda aquela gente estava lá para me ouvir, obviamente.

Mas eis que, num piscar de olhos, o vislumbrei ao longe... e nesse momento, a minha imagem de guitarrista alternativo e misterioso perante os presentes caíu por terra, atravessou a estrada e a linha de comboio e desapareceu por entre as calmas águas do Tejo.

Passo a descrevê-lo: Semblante carregado e sério, qual mensageiro a cumprir a missão que lhe foi incumbida, T-shirt beige (em tempos branca) de manga caveada, calças azuis de fato-treino arregaçadas até meio da canela, peúga branca, pedalando a toda a força uma bicicleta encarnada com cestinho à frente transportando um rádio a pilhas que, por sua vez, a altos berros, presenteava os transeuntes com hinos consecutivos desses deuses musicais que dão pelo nome de Diapasão.

Enquanto ali estive, o indivíduo deu seguramente umas 7 voltas ao jardim, a velocidade constante e música a acompanhar o passo.

Perante isto, meus caros, quem poderia ficar indiferente? Eu não.

E no próximo Domingo lá estarei, em primeira fila, à espera que esse mensageiro iluminado passe por mim e me atire um "Há festa na aldeia" ou uma "Bela Portuguesa" sem pretender nada em troca.

domingo, 11 de abril de 2010

Liverpool, meu amor...

Para quem não sabe, eu estive em Anfield Road a ver o meu Benfica levar 4-1 e ser eliminado de uma Liga Europa cujo título estava, a meu ver, perfeitamente ao nosso alcance. Estive lá, cantei com os restantes 2.499 benfiquistas e no fim recebi com eles os aplausos dos ingleses embasbacados que, apesar de terem ganho, fizeram - literalmente - vénias à nossa atitude durante os 90min.

A derrota custou, é claro. Mas dado que fiquei por terras britânicas até ontem, Domingo, a mesma acabou por ser amenizada por vários factores que passo a sequenciar (sem qualquer ordem específica):

- 3 noites num quarto executivo do Hilton Liverpool, com acesso a uma sala de comes e bebes à descrição e com vista directa para a Albert Dock, um dos principais focos turísticos da cidade;

- Visita ao Cavern Club, réplica perfeita do local onde "nasceram" os Beatles, minha banda de eleição, e onde ainda tresanda a Beatlemania por tudo quanto é canto;

- Passeio no Yellow Duck Marine, um anfíbio que deu a volta pelos principais pontos de interesse da cidade e acabou a navegar nas águas do Mersey River;

- Ronda nocturna pelos principais bares da noite de Liverpool, com bandas ao vivo e milhares de pessoas que ali estavam, em grande parte devido ao Grand National, o principal evento equestre inglês e que se realizou neste fim-de-semana nos arredores da cidade;

- Visita à cidade de Manchester e, claro, ao Old Trafford (que, fiquei a saber, fica fora de Manchester!!!...);

Não me lembro de mais nada, assim de repente. Mas talvez já dê para justificar que esta derrota acaba por ser, apesar de tudo, um mal menor.

E Liverpool confirmou - e até superou - as expectativas. É sem dúvida um dos locais onde não me importava nada de envelhecer, sentado numa mesa do Cavern Club, abraçado a um copo de cerveja e entoando o "Hey Jude" até caír p'ró lado...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O Regresso

Após 2 árduos meses de trabalho em Lisboa, regressei por 2 dias à verdadeira capital.
Qual fato de gala que é guardado na porta mais esquecida do armário, e que surge apenas em momento festivo digno de tal, lá estava Montalegre no mesmo sítio e com o mesmíssimo aspecto com que foi por mim saudosamente deixada há umas boas semanas.

As mesmas pessoas, os mesmos hábitos, as mesmas conversas, os mesmos recantos. Tudo, exactamente na mesma.

"Aqui não se passa nada!", dizem uns.
"Ou! Tu lá é que estás bem!...", outros.
"Se me apanho em Lisboa... Xasus!...", afirmam.

É certo que Lisboa, capital de Portugal, reconhecida internacionalmente como uma das melhores cidades turismo da Europa, é tudo menos uma cidade monótona e oferece de tudo um pouco a - praticamente - qualquer dia da semana.

Mas nada se compara à alegria de regressar a um local a que podemos chamar de "nosso". E pelo meu cantinho, amigos, eu não troco nada!... Nada mesmo!

Peço, portanto, que em Montalegre, tudo se mantenha igual. Aborrecido. Chato. Monótono. Desinteressante. Igualzinho!...

... Só assim saberei reconhecer o meu cantinho na minha próxima visita.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Awkward Silence

Se há momento delicioso no decorrer de uma qualquer conversação, é o "awkward silence".
Primeiro, pelo nome. "Awkward" é, com certeza, uma das mais saborosas palavras de todo o dicionário britânico.
Depois, pelo que este momento representa. Um "awkward silence" é muito mais que um silêncio estranho. É um sem fim de milésimos de segundo, recheado de um sentimento de vergonha própria ou alheia que se transforma, aos poucos, em doses pesadas de humor que teimam em reaparecer de cada vez que o recordamos! E é tão bom...

Para aqueles que não conseguiram ainda perceber de que é que eu estou a falar, dou aqui um exemplo do que aconteceu com o meu Avô quando, há uns bons anos, levou o meu primo Pedro ao pediatra. O Pedro tinha aí uns 7 aninhos. O pediatra, um senhor de raça negra que exercia no Centro de Saúde de Miraflores, estava a examiná-lo.
Eis que, estando apenas o Pedro, o pediatra e o meu Avô no consultório, o meu caro primo decide lançar a seguinte pergunta, digna da inocência de qualquer miúdo de 7 anos de idade:

- "Avô, porque é que os pretos têm as palmas das mãos brancas?..."
...
(Silêncio)
...

E cá está! É a este silêncio de 5, 7 segundos que atribuímos o nome de "AWKWARD SILENCE"!!

Pobre Avô, ficou sem palavras! Foi até o próprio pediatra que explicou ao meu primo o porquê desse fenómeno, com toda a calma e compreensão do mundo.

Quantos e quantos "awkward silences" já cada um de nós identificou no seu dia-a-dia? Pois é...

Escusado será dizer que, com este post, aguardo fartos comentários recheadinhos de "awkward silences"...

terça-feira, 30 de março de 2010

O Mata-Passes

Hoje de manhã, como tem vindo a ser costume desde que emigrei das terras altas de Barroso para a Lisboa, há cerca de 2 meses, entrei no comboio em Algés em direcção ao Cais do Sodré. Aqui, saí do comboio e entrei no metro com o intuito de sair na estação de Cabo Ruivo e dirigir-me ao meu local de trabalho. O intuito era esse, de facto.

No entanto, na estação de Cabo Ruivo, estavam 3 funcionários do Metro (Os chamados "picas", na versão Old School) a controlar os bilhetes dos passageiros que acabavam de sair do veículo. Um deles pegou no meu passe, encostou-o à sua máquina de verificação magnética e disse, num tom de aprovação, "'Tá bom, 'brigado...".

Dado o que se seguiu, este "'Tá bom, 'brigado..." deveria ter sido um "'Teve bom, 'brigado, mas agora vai deixar de 'tar". Isto porque, quando eu encosto o passe à máquina que dá passagem ao exterior da estação, esta não o identificou. Tentei passar nas restantes máquinas, mas nenhuma reconheceu o passe, dando sinais de que o mesmo estaria desmagnetizado.

Quando me dirijo a um dos 3 "picas" para mencionar o que estava a suceder, eis que teve origem uma estranha tertúlia, que passo a relatar:

(NOTA: entenda-se na legendagem que "L" é Luís, "P1" e "P2" são, respectivamente, o Pica 1 e o Pica 2)

L - Desculpe, a máquina não está a reconhecer o meu passe...
P1 - Não? Mas está carregado, certo?
L - Certo. O seu amigo acabou de o confirmar, logo que saí do metro...
P1 - Qual meu amigo? É o gordo ou o de bigode?
L - Penso que é o do lado direito...
P1 - O de bigode? Pois... Ó Zé, chega aqui!
(Zé abeira-se de nós)
P1 - Este senhor não consegue passar e diz que foste tu que lhe verificaste o passe.
(P1 esboça um sorriso de quem adivinha o que aconteceu, mas não quer revelar...)
P2 - Fui eu? Não me lembro. Mas está carregado?
L - Sim, mostrei-lho ainda agora. Mas tenho aqui o recibo.
(Mostro o recibo)
P2 - Pois, está carregado está... Tu queres ver que...?
P1 - Pois foi, mataste mais um passe!!! Ah Ah Ah...
(Gargalhadas secas, mas vitoriosas, de quem adivinhava este desfecho)
P2 - Pois foi. Desculpe lá, é a minha máquina que tem problemas. Já não é a primeira vez...
L - Ah... Foi a sua máquina?
P2 - Foi, foi... Mas pronto, eu agora comunico para a central, o senhor só tem de ir ao posto do Metro no Marquês, explica a situação e eles resolvem isso.
L - Mas dão-me logo um passe de substituição?
P2 - Ah, isso não sei.
L - Pois, mas... E estão abertos até que horas?
P2 - Isso não lhe sei dizer.
("P1" e "P2" viram costas e seguem para junto do 3º colega. Pelo caminho, "P1" dá umas palmadinhas nas costas de "P2" como que a confortá-lo por ter assassinado mais um passe.
"L" vai à sua vida, e vê-se deparado com a necessidade de logo sair mais cedo do trabalho para ir ao Marquês, sem passe, resolver uma situação da qual não tem rigorosamente culpa nenhuma).

segunda-feira, 29 de março de 2010

Nada de mais

E para que o post introdutório não se sinta sozinho neste painel imenso, aqui fica um pedaço de mim cuja elaboração reporta ao ano de 2005. Nesta pequena quadra se resume aquilo que decidi designar por "impotência crónica". E nada de más interpretações!...

"Brotam, incessantes, da fonte do pensamento,
As ideias tolerantes a um procurar sedento!
Voam, cavalgantes, ao sabor do forte vento...
...
Abortam, ignorantes, no calor do meu assento."

A Luta de Anteu

A questão que se impõe a muitos neste momento é:

"Quem é Anteu e em que raio de luta é que ele andou metido?"

Anteu, um deus da mitologia grega, era filho de Poseidon e Gaia e ficou conhecido pela sua extraordinária força física. Com esta força derrotou todos os inimigos com que se deparou excepto um, Hércules, que descobriu o seu ponto fraco: A força de Anteu esvaía-se sempre que este deixava de estar em contacto com o solo.
Tal como Anteu, também eu luto. E vejo-me grego para lutar. Contra outros e, ás vezes, contra mim próprio. As armas a que recorro são várias: A música, o humor, a poesia, o teatro, o cinema e, sobretudo, as pessoas. E com estas armas pretendo prosseguir com a minha incansável campanha bélica, desejando sempre que o desfecho de cada batalha se resuma a um aperto de mão, um abraço e uma tertúlia de cerveja e boa disposição na tasca da esquina.
Mais do que um mito, A Luta de Anteu é uma necessidade quotidiana. A necessidade de ser forte, de alcançar vitórias no dia-a-dia apesar dos tudos, de ultrapassar os inimigos que se nos apresentam em forma de gente, dificuldades ou sentimentos.

E sempre de pés bem assentes no chão, que o Hércules pode estar à espreita...