sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ensaio sobre... cenas.

O ser humano tem uma essência própria e vários instintos naturais.
Essência e instintos, ferramentas inatas de que dispõe para actuar enquanto pessoa na sociedade. A realização pessoal depende, pois, da capacidade que ele tenha para os conjugar de forma ideal na procura dos seus objectivos, a curto, médio ou longo prazo.

A sociedade, pura e imensa miscelânea de seres humanos, exerce sobre o indivíduo uma influência forte mas quase invisível. Boa ou má, esta influência é produto natural de anos e anos de interacções sociais, contribuições individuais, procuras de ideais e muito, muito mais.

Cabe, portanto, ao indivíduo, recorrer a todos os meios possíveis e imaginários e isolar-se dessa influência involuntariamente pressionante e, então, tomar as decisões que, segundo a sua essência e os seus instintos, lhe pareçam as mais indicadas para o alcance da plena realização pessoal.

E, assim, feliz ou infeliz, será pelo menos fiel a si próprio.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Foi bonita a festa, pá...

Os convidados chegavam em sofás adaptados a bicicletas, vestidos de personagens do cinema, conduzidos por um empregado designado para o efeito.
Ao aproximar-se da passadeira vermelha, que os levava ao interior do Convento do Beato, podiam assistir ao fantástico desempenho musical da Farra Fanfarra, que os recebia com toda a pompa e circunstância.
Atravessando a passadeira vermelha, eram assediados oor fotógrafos e fãs que lhes pediam autógrafos, com muito barulho e gritos de euforia à mistura.
Seguia-se a flash interview, mesmo à entrada do edifício, por parte de um repórter especial que lançava perguntas tão parvas quanto a forma como estava vestido.
Entravam no edifício e... mais uma foto. A foto oficial do 18º aniversário da jovem.
Lá dentro, mesas ambulantes que eram, na verdade, miúdas giras e enfeitadas; um casal com jibóias penduradas ao pescoço; comida e bebida do melhor que há; um workshop de percussão enquanto se aguardava a chegada da aniversariante - que não fazia ideia do que se viria a passar.

Quando chegou, acompanhada pelo pai, ficou de boca aberta a observar os mais de 100 convidados a tocar jembé e a cantar um hino africano de alegria. Agradeceu a todos e a festa seguiu para o Lounge.

Aqui, um DJ punha música enquanto mais mesas-mulheres passeavam pela sala. O Chef Chakall ensinava a aniversariante a cozinhar enquanto, numa outra mesa, mestres de sushi, gelados e cocktails serviam os convidados. Ah, os dois candeeiros do espaço eram compostos por garrafas de champanhe e acrobatas femininas que, à medida que se torciam no ar, penduradas num pano, serviam flutes aos interessados.

Na passagem para a sala principal do evento, as pessoas podiam optar por tirar uma foto 3D a laser, em vidro óptico, e guardá-la como recordação da festa. Coisa simples.

Já no salão nobre, o evento era apresentado por Margarida Pinto Correia e seguia pela noite dentro com várias atracções, no mínimo, interessantes: um homem a desenhar, em tempo real, uma caricatura gigante da aniversariante; dois cantores profissionais, disfarçados de staff do catering, a cantar ópera como gente grande; o vencedor do "Portugal tem Talento", Filipe Santos, a encantar os presentes com um Beatbox perfeito; O St. Dominic's Gospel Choir a acompanhar o pai da jovem na interpretação de "Happy Days"; 4 artistas lançavam faíscas do peito com recurso a rebarbadoras e a placas de aço, enquanto uma banda cantava os grandes êxitos do anos 60, 70 e 80.

...

Depois disto fui-me embora daquela que foi, sem dúvida, a melhor definição do termo "extravagância" que tive até hoje.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

AGORA!

"Convencemo-nos que a vida ficará melhor quando formos casados, tivermos um filho e, depois, mais um.

Então ficamos frustrados porque os nossos filhos não têm idade suficiente e achamos que as coisas mudarão quando eles ficarem mais velhos.

Frustramo-nos, então, porque eles ficaram adolescentes e querem discutir connosco a respeito de tudo.

Mas achamos que tudo ficará melhor quando eles forem uns 10 anos mais velhos.

Dizemos para nós mesmos que a vida melhorará quando trabalharmos juntos com nossos parceiros, quando tivermos um carro bonito, quando formos de férias, quando descansarmos.

A verdade é que não há nenhum momento melhor para ser feliz do que AGORA. Se não for agora, então quando será? A sua vida está sempre a mudar. É melhor ter paciência com tudo e decidir ser feliz.

Durante muito tempo pensávamos que a vida começaria a seguir. A vida de verdade. Pensávamos sempre: é preciso primeiro que uma outra coisa aconteça durante esse tempo, realizar algo, terminar um trabalho, esperar um momento, atingir um objetivo.

E depois começaria a vida de verdade, tão desejada. Afinal hoje entendo que o «depois» já era a vida de verdade. Desse ponto de vista, entendi que não existe um caminho para ser feliz. Ser feliz É O CAMINHO. Viva, então, o «ser feliz». Páre de esperar até terminar a escola, até voltar para a escola, perder 5 quilos, ganhar peso, começar a trabalhar, casar-se, até a sexta à noite ou sábado de manhã, esperar um carro novo, ter pago a hipoteca, até à primavera, até que a sua música toque no rádio, até morrer e nascer novamente...

Decida ser feliz antes.

A felicidade é uma viagem e não um destino. Não há melhor momento para ser feliz do que... AGORA!"

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ensaio sobre a estupidez

Dou comigo a pensar em mil coisas para escrever... mas chego aqui e não sai nada.

Muitas vezes penso se serei atrasado mental ou apenas um alguém igual a toda a gente. Quando isso acontece, a primeira hipótese parece-me quase sempre a mais plausível. Mas quando, em dias especiais, me inclino para a segunda possibilidade, vejo-me obrigado a lamentar a triste sorte de todo e cada um dos restantes seres humanos... e como são muitos, desisto, e torno a acreditar na primeira teoria.

É um ciclo vicioso. E extremamente parvo.

Desculpem esta perda de tempo. Voltem ao trabalho que anda por aí a crise.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

...

Foi demais!

:)