segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O quê? Isto...

Chakall. Mudanças. Viagens. Projectos. Mais projectos. Música. Família. Amigos. Jantares. Muitos. Benfica. Arrumações. Papelada.

É isto que me tem mantido afastado do blog, meus caros.

Ah, e o Natal, claro.

Já agora, que o vosso seja tão ou mais feliz que o meu. Acreditem que não vão nada mal servidos...

:)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Culpa

Um dia acordas mal disposto. Não sabes bem porquê mas não queres ver ninguém à tua frente. Pretendes ir até à cozinha, comer qualquer coisa rápida, voltar para o teu quarto e fechar-te ali para sempre, sem teres de aturar as tretas d'"os outros".
Sabes que, lá para o fim do dia, como é costume, a má disposição vai passar. Por agora, no entanto, apenas queres fechar-te contigo mesmo.

"Os outros" acordam com um sorriso nos lábios e uma enorme vontade de viver este dia, como se fosse o derradeiro. Querem abraçar a família, os amigos, os conhecidos, dizer-lhes o quanto gostam deles e a importância que cada um tem na sua vida.
Fazem-no e, depois de toda a gente, procuram-te, porque também te amam. Não te encontram. Estás no quarto, fechado em ti. Eles lamentam e vão embora.

Ao fim do dia, já um pouco animado, sais do quarto e vais procurar "os outros". Eles já lá não estão, nem ali, nem em lado nenhum.
Pensas que não gostam de ti, te abandonaram, fazem parte deste enorme complot em forma de sociedade descriminativa e voltas para o teu quarto mais indignado que nunca.

Claro. A culpa é, obviamente, d'"os outros".

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Apeteceu-me...

Deixem-me ser idiota.
Não ser génio por um triz.
Ser triste nas alegrias,
nas tristezas, ser feliz.

Deixem que seja estranho.
Um louco extraordinário!
Ver o mundo como ele é,
pensá-lo todo ao contrário.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Não sou rico. Nunca serei rico. Não posso querer ser rico...

No centro do Mundo como o conhecemos, neste pequeno rectângulo e respectivos apêndices, na terra que sempre tivemos como nossa, vive-se uma crise. Ou melhor, vive-se "A" crise.
Dia e noite, crise. Jornais e telejornais, crise. Nas ruas, nos cafés, crise, crise, crise. Não há como lhe fugir e, aliás, segundo os entendidos, vai levar algum tempo a desaparecer.

E eu, filósofo purista da geração de 84 pergunto: será a crise um bicho assim tão mau?

Durante toda a nossa infância, a nossa adolescência e juventude nos viraram os olhos para um bem comum, o meio de acesso a todos os benefícios do mundo: o dinheiro. A nossa sociedade, com seus olhos quase cegos de esforçar a vista em busca da riqueza material, cuidou de nos passar esse testemunho, o de querer dinheiro acima de todas as coisas.

"Filho, estuda! Faz-te engenheiro ou doutor, que isso dá dinheiro! Não queres? Então trabalha e ganha o teu! Não queres trabalhar cá? Vai pra França ter com o teu primo, que lá ganhas bem, compras um bom carro, uma casa e vens cá passear o teu sucesso no Verão. Felicidade? Bah... arranja dinheiro que tu logo vês o que é a felicidade! Precisas é de dinheiro!!!"

Salvaguardando um considerável número de excepções - como a minha, felizmente - a história conta-se assim e pouco mais há que dizer.

Com a chegada da crise, há duas opções: ou emigras ou ficas por cá. Se emigrares, já não pode ser só para França. Tem de ser para mais longe, talvez fora da Europa - que a crise é um polvo de tentáculos grandes - e já não fica tão fácil vir cá no Verão, todos os anos, mostrar as coisas boas que o dinheiro dá.

Resta, aos que não partem, ficar por aqui e sujeitar-se ao que quer que seja que aí vem.

Quem é rico, só precisa de ter cabecinha, investir - cautelosamente - no certeiro e poupar o muito que tem. Mais tarde ou mais cedo isto vai passar.

Quem não é rico... não o será tão cedo. E, assim, vê-se livre desse estigma, dessa quimera megalómana do dinheiro e de tudo o que o envolve. Escusa de se preocupar em orientar a sua vida para ganhar X agora, Y depois e Z quando já tiver 40 anos porque, neste momento, ninguém sabe o que o futuro nos espera. Há dinheiro para comer, para beber (com moderação) e, apesar de não haver emprego, há trabalho para quem quer (que o há, não duvidem).

Portanto, meus amigos, mãos-à-obra. Guardem essas preocupações, conversas fúteis, previsões estapafúrdias e conclusões precipitadas todas juntas num saco, deitem-no no ecoponto amarelo e façam, finalmente, "o favor de ser felizes".

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Teorismo

A sensação terrível de estar a desperdiçar tempo é das piores coisas que me podem acontecer.
Passa-me com frequência, estar a fazer algo que contribui bastante para a minha realização pessoal e, de repente, cinco minutos depois de ter começado, sentir que devia estar a dedicar-me a outra coisa qualquer.

É a chamada "insatisfação crónica".

Quem lhe chama isso? Eu. Porquê? Porque é a isso que sabe e porque me apetece. Ah, mas quem és tu para pôr nomes a emoções? Não sou grande coisa, mas tenho a mania das teorias estúpidas e isso dá-me arcaboiço para isto e muito mais.

"Só estou bem aonde não estou, porque eu só quero ir aonde não vou..."

Ah, grande António...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Salamaleico!

5 dias de gravações em Marrocos para o programa "Chakall & Pulga".

Foi uma experiência de vida intensa, não só a nível de trabalho como a nível do sistema digestivo.

Os coentros são uma cena que a mim não me assiste, nem nunca assistiu, mas os gajos carregam-lhe com força. E, como se não bastasse, espetam-lhe ainda com mais 357 especiarias em cima que é pra ficar tudo bem temperado.

À parte disso, tudo bem. Os altifalantes das mesquitas a chamar o pessoal pra rezar de 4 em 4 horas e as Medinas, mercados ancestrais que são, por si só, uma lição de história e vida.

Foi potente.

domingo, 21 de agosto de 2011

Irreversível

"Este verão é que tudo vai mudar! Deixa só passar estes dias de calor, que vais ver... É agora! Ah, agora não que joga a selecção e tenho 10 jantares e 3 festivais só este mês... Mas em Setembro, quando não houver nada, é que vai ser!!... Hmm, trovoada e chuva miúda, também não dá jeito nenhum... Demasiado deprimente. A ver se passa!... Não passa. Até ao Natal também tenho tempo, vá. Se em 3 meses não sou capaz, não sou homem nem sou nada!... É preciso mudar! Mudar!! Atitudes, hábitos, métodos. Seguir instintos e sonhos!... Mudar e... olha, já é Natal!... Bah... Ano novo, vida nova, certo? Então é agora, é agora!! Deixa só parar de nevar, que tu já vês como elas cantam... Se pensas que estas festas e comesainas e carnavais me vão desviar do meu caminho, estás muito enganado! Muito enganado!... Mas então... já é Março?!... Ok, estes dias de calor inesperado vão-me ajudar a arejar as ideias. E depois sim, vamos à mudança!!... Já chove? Já é Abril?!?! Não pode... E a Páscoa, a família, os chocolates!... Em Maio. Maio é que é. Não passa de Maio... É só deixar passar as queimas e finais de futebol e mais meia dúzia de comesainas, que a gente já vê como elas cantam... Ah, e já agora as festas dos Santos todos, que Junho não faz falta! Sabes porquê? Porque.. Este Verão é que tudo vai mudar!..."

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ensaio sobre... cenas.

O ser humano tem uma essência própria e vários instintos naturais.
Essência e instintos, ferramentas inatas de que dispõe para actuar enquanto pessoa na sociedade. A realização pessoal depende, pois, da capacidade que ele tenha para os conjugar de forma ideal na procura dos seus objectivos, a curto, médio ou longo prazo.

A sociedade, pura e imensa miscelânea de seres humanos, exerce sobre o indivíduo uma influência forte mas quase invisível. Boa ou má, esta influência é produto natural de anos e anos de interacções sociais, contribuições individuais, procuras de ideais e muito, muito mais.

Cabe, portanto, ao indivíduo, recorrer a todos os meios possíveis e imaginários e isolar-se dessa influência involuntariamente pressionante e, então, tomar as decisões que, segundo a sua essência e os seus instintos, lhe pareçam as mais indicadas para o alcance da plena realização pessoal.

E, assim, feliz ou infeliz, será pelo menos fiel a si próprio.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Foi bonita a festa, pá...

Os convidados chegavam em sofás adaptados a bicicletas, vestidos de personagens do cinema, conduzidos por um empregado designado para o efeito.
Ao aproximar-se da passadeira vermelha, que os levava ao interior do Convento do Beato, podiam assistir ao fantástico desempenho musical da Farra Fanfarra, que os recebia com toda a pompa e circunstância.
Atravessando a passadeira vermelha, eram assediados oor fotógrafos e fãs que lhes pediam autógrafos, com muito barulho e gritos de euforia à mistura.
Seguia-se a flash interview, mesmo à entrada do edifício, por parte de um repórter especial que lançava perguntas tão parvas quanto a forma como estava vestido.
Entravam no edifício e... mais uma foto. A foto oficial do 18º aniversário da jovem.
Lá dentro, mesas ambulantes que eram, na verdade, miúdas giras e enfeitadas; um casal com jibóias penduradas ao pescoço; comida e bebida do melhor que há; um workshop de percussão enquanto se aguardava a chegada da aniversariante - que não fazia ideia do que se viria a passar.

Quando chegou, acompanhada pelo pai, ficou de boca aberta a observar os mais de 100 convidados a tocar jembé e a cantar um hino africano de alegria. Agradeceu a todos e a festa seguiu para o Lounge.

Aqui, um DJ punha música enquanto mais mesas-mulheres passeavam pela sala. O Chef Chakall ensinava a aniversariante a cozinhar enquanto, numa outra mesa, mestres de sushi, gelados e cocktails serviam os convidados. Ah, os dois candeeiros do espaço eram compostos por garrafas de champanhe e acrobatas femininas que, à medida que se torciam no ar, penduradas num pano, serviam flutes aos interessados.

Na passagem para a sala principal do evento, as pessoas podiam optar por tirar uma foto 3D a laser, em vidro óptico, e guardá-la como recordação da festa. Coisa simples.

Já no salão nobre, o evento era apresentado por Margarida Pinto Correia e seguia pela noite dentro com várias atracções, no mínimo, interessantes: um homem a desenhar, em tempo real, uma caricatura gigante da aniversariante; dois cantores profissionais, disfarçados de staff do catering, a cantar ópera como gente grande; o vencedor do "Portugal tem Talento", Filipe Santos, a encantar os presentes com um Beatbox perfeito; O St. Dominic's Gospel Choir a acompanhar o pai da jovem na interpretação de "Happy Days"; 4 artistas lançavam faíscas do peito com recurso a rebarbadoras e a placas de aço, enquanto uma banda cantava os grandes êxitos do anos 60, 70 e 80.

...

Depois disto fui-me embora daquela que foi, sem dúvida, a melhor definição do termo "extravagância" que tive até hoje.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

AGORA!

"Convencemo-nos que a vida ficará melhor quando formos casados, tivermos um filho e, depois, mais um.

Então ficamos frustrados porque os nossos filhos não têm idade suficiente e achamos que as coisas mudarão quando eles ficarem mais velhos.

Frustramo-nos, então, porque eles ficaram adolescentes e querem discutir connosco a respeito de tudo.

Mas achamos que tudo ficará melhor quando eles forem uns 10 anos mais velhos.

Dizemos para nós mesmos que a vida melhorará quando trabalharmos juntos com nossos parceiros, quando tivermos um carro bonito, quando formos de férias, quando descansarmos.

A verdade é que não há nenhum momento melhor para ser feliz do que AGORA. Se não for agora, então quando será? A sua vida está sempre a mudar. É melhor ter paciência com tudo e decidir ser feliz.

Durante muito tempo pensávamos que a vida começaria a seguir. A vida de verdade. Pensávamos sempre: é preciso primeiro que uma outra coisa aconteça durante esse tempo, realizar algo, terminar um trabalho, esperar um momento, atingir um objetivo.

E depois começaria a vida de verdade, tão desejada. Afinal hoje entendo que o «depois» já era a vida de verdade. Desse ponto de vista, entendi que não existe um caminho para ser feliz. Ser feliz É O CAMINHO. Viva, então, o «ser feliz». Páre de esperar até terminar a escola, até voltar para a escola, perder 5 quilos, ganhar peso, começar a trabalhar, casar-se, até a sexta à noite ou sábado de manhã, esperar um carro novo, ter pago a hipoteca, até à primavera, até que a sua música toque no rádio, até morrer e nascer novamente...

Decida ser feliz antes.

A felicidade é uma viagem e não um destino. Não há melhor momento para ser feliz do que... AGORA!"

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ensaio sobre a estupidez

Dou comigo a pensar em mil coisas para escrever... mas chego aqui e não sai nada.

Muitas vezes penso se serei atrasado mental ou apenas um alguém igual a toda a gente. Quando isso acontece, a primeira hipótese parece-me quase sempre a mais plausível. Mas quando, em dias especiais, me inclino para a segunda possibilidade, vejo-me obrigado a lamentar a triste sorte de todo e cada um dos restantes seres humanos... e como são muitos, desisto, e torno a acreditar na primeira teoria.

É um ciclo vicioso. E extremamente parvo.

Desculpem esta perda de tempo. Voltem ao trabalho que anda por aí a crise.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

...

Foi demais!

:)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Are you experienced?

Fest - Training Ground Espinho 2011.

Uma semana de workshops, actividades e palestras sobre técnicas de cinema com alguns dos melhores profissionais a nível mundial.

Depois conto-vos como foi. ;)

Big Hug!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Marchas tu ou marcho eu?

Há quanto tempo é que eu não vinha aqui, hein??

Poizé... e vocês com tantas saudades... coitados.

Ora bem, de entre todas as coisas interessantes que tenho estado a fazer realça-se o último fim de semana, que contou, não só com o casamento do ilustríssimo Francisco Gonçalves em terras de Alcobaça, mas também com uma memorável noite de marchas lisboetas à grande!

No que diz respeito ao casamento devo dizer que foi realmente fantástico ver reunido no mesmo edifício tanto barrosão do bô!! Eles eram praí 30, e aproveitavam-se todos! Comeram e buberam bem, bailaram e cantaram melhor. E aterraram na cama - uns mais cedo que outros - com o sentimento de missão cumprida!

Espectáculo.

Já no que concerne às marchas, coube-me a mim integrar a equipa destinada a gravar imagens de todas as coreografias para posterior decisão do júri acerca do grande vencedor da noite. Foi munto lindo andar pela zona da tribuna a travar conhecimento com ilustres convidados, entre os quais o shô presidente da Câmara, António Costa, os embaixadores do Paraguai e do Japão e o Miguel Guilherme (ou Júlia, Ou Teresa, se preferirem).

Menos interessante (mas, ainda assim, sendo) foi ter de esperar até ás 7h da manhã acordado, sóbrio, fechado numa sala do Cinema S. Jorge com Marco de Camillis e restantes membros do júri, à espera do veredicto final.

Já agora, para quem não sabe, ganhou Alto do Pina.

Quanto a eventos futuros, deixo aqui o convite a todos os leitores (cerca de meia dúzia) para comparecerem no próximo Sábado, dia 18, na Avenida da Liberdade em Lisboa e assistirem à animação que os Chouribebes do Barroso vão proporcionar ao povo, acompanhados de uma jovem promessa que tem, com certeza, muito para dar ao panorama musical nacional e que dá pelo nome de Tony Carreira.

Beijocas e abraços e cenas.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Fim-de-semana

É sexta-feira!!! Fim-de-semana!!! Praia, gelados, dormir até tarde, álcool, praia, regabofe, coisas em geral!

...

AAhh, afinal não. Reportagem ás 6h da matina em Viseu, amanhã.


Tão bom.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Liberdade de expressão

Pergunta do dia: O que é a liberdade?

Nós, portugueses, somos um povo de vícios, de cismas, de manias absurdas que nos fazem afirmar alto e em bom som que nós é que sabemos, nós é que estamos certos, a verdade é nossa e de mais ninguém. E se o outro pensa o contrário, coitado, porque não vê ou não sabe ver.

Um povo assim, tão mesquinho, podre, pobre, incapaz de respeitar as ideias do próximo - porque não tenta sequer obter uma perspectiva externa, imparcial, ilibada desse génio tendencioso naturalmente humano -, não é livre. Não pode ser livre. Não merece ser livre.

O que é a liberdade, então?

Não sei. Mas de certeza que não és tu quem me vai explicar.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Biba Muntalegre!

Mais uma Sexta feira 13. E desta vez - vejam bem - meteu álcool!!

Memorável. Festa nas ruas, puro deboche, regabofe sem fim! E para o ano serão 3 doses disto! Só de imaginar, dá-se-me a volta ao paloio.

Já agora,

O presidente norte-americano, Barack Obama, considerou que a luta contra a "ligação letal" entre tráfico de droga e terrorismo requer uma abordagem multilateral da realidade dos crimes transnacionais.

Aposto que nem o jornalista desta notícia faz a mínima ideia do que escreveu.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

... Porque eu só estou bem onde não estou.

"Nómada - aquele que não tem uma habitação fixa, que vive permanentemente mudando de lugar. O nómada não se dedica à agricultura e frequentemente ignora fronteiras nacionais na sua busca por melhores pastagens."

metáforas à parte, se de repente eu vos disser que estou a caminho das montanhas da Nova Zelândia ou da floresta da Amazónia ou de qualquer outro local inóspito, não se admirem. A culpa é de todo um estranho nomadismo que me invade...

domingo, 17 de abril de 2011

Pessah

Vem aí a Páscoa!

Toblerones da tia Isabel, uma pequena amostra de férias e a Zita!

Só coisas boas.

:)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Parabéns Pastilhas...

... porque um destes dias acordei com o seguinte spot na minha cabeça:

"Radio Montalegre. My music. OK?"

O fundamental neste tipo de coisas é fazer com que elas fiquem na memória. E se, passadas centenas de anos (pelo menos assim parece), este spot ainda se insurge contra as forças malvadas do esquecimento, é sinal que o objectivo foi alcançado.

terça-feira, 29 de março de 2011

Bom dia!

"O pior dia da tua vida é aquele em que te apercebes que, ao contrário do que sempre imaginaste, és exactamente a mesma merda que os outros."

quarta-feira, 23 de março de 2011

Primavera

Já chegou a Primavera.
Já cantam os passarinhos.
Já se prepara o governo
para arrumar os trapinhos.

Já chegou a Primavera.
O calor já vem aí.
Não demora a vir também
o senhor FMI.

Já chegou a Primavera.
E a seguir vem o Verão.
Todos ralham c'o ministro,
mas qual deles tem razão?

Já chegou a Primavera,
a tão esperada bonança!
E a gente continua
à procura da esperança.

Já chegou a Primavera.
Brotam flores no jardim.
Não sei o que pensais vós,
Mas eu não gosto disto assim.

terça-feira, 15 de março de 2011

Uma lição em Barcelona

Regresso hoje ao trabalho após uma estada de cerca de 4,5 dias na bela cidade de Barcelona. Numa palavra, adorei. Em duas palavras, adorei mesmo!

Na companhia de uma jornalista de uma conhecida cadeia de informação internacional - que, por sua vez, confirmou ser uma pessoa bastante agradável - visitei praticamente todos os locais mágicos daquela cidade e percebi, in situ, o porquê de Barcelona ser um dos destinos preferidos para aqueles que buscam trabalho além fronteiras. A capital catalã tem um charme próprio, uma essência única que atrai até o mas insensível dos visitantes.

Entre as Ramblas e Montjuic, a Sagrada Família e as outras sensacionais obras de Gaudí, o Parque Guell foi provavelmente a surpresa mais agradável de todas. Um local de sonho, repleto de artistas, músicos, comerciantes, mesclas geracionais e culturais com tanto de intrigante como de encantador. E foi aí, nesse espaço de arte por excelência que, em poucos minutos, assisti a uma cena curiosa: um homem fazia bolas de sabão gigantes e impressionava os que ali passavam. As bolas voavam, voavam e acabavam por rebentar no chão ou na cara dos que assistiam, boquiabertos e que acabavam por se render lançando duas ou três moedas para dentro do prato que o jovem tinha colocado no chão, à sua frente.

A dada altura, chegou ali uma senhora já de idade, de mão dada com a sua neta, uma criança com não mais de 5 aninhos. A neta encaminhou-se, destemida, para junto do artista e decidiu começar a rebentar todas as bolas de sabão que saíam daquela espécie de rede elástica ensopada em líquido verde. Formava-se uma bola e, antes de se soltar no ar, a criança rebentava-a. Outra, e mais outra, e a criança continuava a rebentá-las. Por sua vez, a avó sorria, orgulhosa. O artista não escondia o seu desagrado com aquela situação, mas o que poderia fazer?... A neta rebentou as bolas que quis e, finalmente, quando deu por terminado o seu serviço, voltou para junto da avó e as duas continuaram o seu passeio.

Aí, nessa mescla geracional, vi uma espécie de lição social contemporânea que pode, talvez, explicar um pouco daquilo que se passa nos dias de hoje. A senhora, já de idade avançada e mentalidade estanque, cega de orgulho na sua netinha querida, aprovando tudo o que ela faz; o artista, no auge dos seus trinta, outrora esperançado na arte como forma de vida, hoje impotente e desanimado ao comprovar a existência de pessoas que não compreendem, de maneira alguma, que é naquelas bolas de sabão que está o seu ganha-pão diário; a criança, de inocência inconsciente, continua a fazer aquilo que está errado já que a sua avó, a pessoa que devia apontar-lhe os erros, sorri e aprova, inexplicavelmente, os actos da menina.

domingo, 6 de março de 2011

E pronto...

... o Benfica perdeu.

E amanhã vou-me desfazer da barba.

Por agora, é o mais interessante que tenho a constatar.

Beijocas farfalhudas a todos.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ól iú níd iz lóv...

Chega sem ser convidado
mas é tal sua magia
que transforma o triste (en)fado
em alegre cantoria.

Fala, em sorrisos, baixinho,
calando o choro e o grito.
Torna o amargo em docinho.
Fica o feio mais bonito.

Chamem-lhe nomes, então:
Fogo que causa ardor,
Insaciável paixão,

Causa de doses de dor.
Eu ouço o meu coração
e chamo-lhe, apenas, "AMOR".

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Venha a Montalegre de Janeiro a Janeiro

Com o trauma dos autocarros, vejam lá, esqueci-me de fazer referência à feira mais importante da história depois daquela que tomou lugar no templo, e que foi interrompida por um trintão de cabelo comprido e barba.

Falo, claro está, da Feira do Fumeiro de Montalegre.

Aqui está um breve resumo das festas:

- Cheguei ao recinto sexta-feira, pelas 23h30. Fui recebido com vinho tinto, alheira da boa e presunto de chorar por mais. Festa rija, de regabofe musical, até ás 4h da matina na tasquinha dos BVM e fim de noite em casa, já de manhã, a comer omoletes em boa companhia;
- No dia seguinte cheguei à feira para almoçar, fui recebido com vinho tinto, alheira da boa e presunto daquele de chorar por mais. Chouribebes do Barroso em grande, durante a tarde, na sua participação no Programa das Festas (RTP). À noite, na mesma tasquinha, regabofe musical, vinho tinto, alheira da boa e presunto de chorar por mais. O Porto foi eliminado da taça da liga e a noite terminou com uma arruada de bombos por volta das 6h da manhã, entre as ruas e bares da vila;
- No dia seguinte parti em direcção a Lisboa com duas certezas: a de que aproveitei ao máximo esta festa e a da minha presença na edição de 2012.

Não venham, não. Depois não digam que não avisei...

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Oferta de emprego

A Carris procura profissional com experiência em condução de autocarros.

E se não procura, DEVIA PROCURAR!!!

Dos que lá andam, não se aproveita um.

Todos os dias chego ao trabalho enjoado e com metade do cóxis que sobrou do dia anterior.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Obrigado Rei!

Ontem, acompanhado do Primo Carlos, envergando fato e gravata ao mais alto nível, dirigi-me ao Coliseu dos Recreios para participar na Gala do Eusébio. O Rei. O Pantera Negra. Sim, esse.

Foi uma festa extraordinária, que contou com grandes nomes do futebol português, da música nacional e em que as principais estrelas foram António Agostinho e Mário Coluna. Fantástico.

No fim daquele comício benfiquista disfarçado de acontecimento cultural aclubístico - note-se que não foi uma nem duas vezes que se soltou da plateia um "SLB, SLB, GLORIOSO SLB..." -, eu e o Primo Carlos tivemos o privilégio de cumprimentar pessoalmente aquele que foi e é o maior ícone de todos os tempos do universo futebolístico nacional e, mais que isso, o verdadeiro orgulho de toda a família benfiquista: O Eusébio. O Rei. O Pantera Negra. Sim, esse.

Um momento verdadeiramente inesquecível.

(E no final ainda conseguimos tirar umas fotos com o Magnusson no McDonalds do Rossio! Está gordo, o bicho...)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Um dia triste

Esqueçam o "quando?", o "como?", o "porquê?". Esqueçam a lógica e a razão. Esqueçam a fé e a falta dela.

Há coisas que acontecem, simplesmente porque sim. E temos de saber aceitá-las, por mais que ponham em causa a nossa forma de estar na vida.

É bom fazer planos, é óptimo saber o que queremos fazer o resto da vida e é fantástico que sejamos capazes de amar, de sonhar, de sorrir e de ser felizes... mas nada, NADA na vida é certo.

Lembrem-me disto, por favor, se eu algum dia tiver a infelicidade de não saber aceitar as coisas como elas teimam em ser.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Venha ele!

Caríssimos,

saibam vocês que entrei em 2011 com várias certezas. E como sou um gajo fixe, passo a partilhar:

- O ano que passou trouxe-me muitas coisas boas. Parece-me difícil que 2011 me possa dar tantas alegrias e coisas novas quanto aquelas que tive em 2010. Fica, no entanto, o desafio...

- A maturidade que ganhei no ano passado veio sendo acompanhada de uma estranha sensação de que já não sei jogar futebol. É óbvio que ainda sei e que, de cada vez que piso um relvado, os adeptos agradecem o simples facto de eu estar ali presente. Mas creio que tenho de voltar a jogar com frequência, ou a barriguinha marota passa de simples ameaça a dura realidade.

- Sinto-me motivado!! Quero fazer mais e melhor, bem e de forma ponderada. Quero aprender com os erros e guardar toda e qualquer lição de vida que o destino tenha preparada, à minha espera.

- Estou verdadeiramente apaixonado. E é fantástico!

- O "15-12", meu humilde palácio de habitação situado em terras de Belém, revelou desde o início um interessante carácter multifacetado, capaz de fundir momentos de cultura profundíssima com espaços de desarrumação pouco digna de humanos. É, assumidamente, uma casa de artistas. E assim vai continuar.

- Ao contrário de muitos, tenho orgulho naquilo que sou e no que tenho. Orgulho-me de ser português, porque a convicção de que é de mim que pode - e deve - partir a mudança para um rumo melhor é muito superior a esse saco mesquinho onde se misturam política, lamúrias, invejas, acusações e outras questões sociais deprimentes.
Orgulho-me da geração a que pertenço, por ser uma geração de transição, extremamente capaz de estabelecer a ligação entre uma cultura conservadora, baseada em princípios teóricos com o mundo actual, de realidades práticas, cibernéticas e instantâneas.
Orgulho-me de muitas outras coisas, de vitórias pessoais que vou tendo no meu dia-a-dia e, sobretudo, de ter a coragem de assumir as derrotas que são minhas, só minhas, da minha responsabilidade, apenas.

- As bolachas estão mais caras no supermercado. Sei que há outros mantimentos e utensílios a sofrer com a inflação, só que neste momento só penso nas bolachas. E fico triste.

- Nunca serei capaz de escrever segundo o acordo ortográfico.

- Vem aí um novo ano. E eu cá estou para o receber, de braços abertos e sorriso nos lábios. Mas um abraço mal dado pode sempre resultar em luta... e nesta Luta, o Anteu saberá sempre manter os pés no chão.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Comunicado

Aos poucos seguidores d'A Luta de Anteu comunico a minha indisposição para escrever desde que cheguei ao novo ano. Isto porquê? Porque fui recebido em 2011 pelo sr. Johnnie. Sabem, o Juanito Caminante!... Sim, esse, o Walker. Foi ele que, além fronteiras, me recebeu no novo ano e presenteou com tamanha cardina que ainda me encontro em fase de recobro.

Nevertheless (gosto muito desta palavra), deixem-se ficar por aí que eu volto! Ai volto, volto... e, desta vez, com escrita da boa, imagine-se!

Beijos e abraços. E, porque nunca é demais, um feliz 2011 a todos vocêzes.