segunda-feira, 18 de julho de 2011

Foi bonita a festa, pá...

Os convidados chegavam em sofás adaptados a bicicletas, vestidos de personagens do cinema, conduzidos por um empregado designado para o efeito.
Ao aproximar-se da passadeira vermelha, que os levava ao interior do Convento do Beato, podiam assistir ao fantástico desempenho musical da Farra Fanfarra, que os recebia com toda a pompa e circunstância.
Atravessando a passadeira vermelha, eram assediados oor fotógrafos e fãs que lhes pediam autógrafos, com muito barulho e gritos de euforia à mistura.
Seguia-se a flash interview, mesmo à entrada do edifício, por parte de um repórter especial que lançava perguntas tão parvas quanto a forma como estava vestido.
Entravam no edifício e... mais uma foto. A foto oficial do 18º aniversário da jovem.
Lá dentro, mesas ambulantes que eram, na verdade, miúdas giras e enfeitadas; um casal com jibóias penduradas ao pescoço; comida e bebida do melhor que há; um workshop de percussão enquanto se aguardava a chegada da aniversariante - que não fazia ideia do que se viria a passar.

Quando chegou, acompanhada pelo pai, ficou de boca aberta a observar os mais de 100 convidados a tocar jembé e a cantar um hino africano de alegria. Agradeceu a todos e a festa seguiu para o Lounge.

Aqui, um DJ punha música enquanto mais mesas-mulheres passeavam pela sala. O Chef Chakall ensinava a aniversariante a cozinhar enquanto, numa outra mesa, mestres de sushi, gelados e cocktails serviam os convidados. Ah, os dois candeeiros do espaço eram compostos por garrafas de champanhe e acrobatas femininas que, à medida que se torciam no ar, penduradas num pano, serviam flutes aos interessados.

Na passagem para a sala principal do evento, as pessoas podiam optar por tirar uma foto 3D a laser, em vidro óptico, e guardá-la como recordação da festa. Coisa simples.

Já no salão nobre, o evento era apresentado por Margarida Pinto Correia e seguia pela noite dentro com várias atracções, no mínimo, interessantes: um homem a desenhar, em tempo real, uma caricatura gigante da aniversariante; dois cantores profissionais, disfarçados de staff do catering, a cantar ópera como gente grande; o vencedor do "Portugal tem Talento", Filipe Santos, a encantar os presentes com um Beatbox perfeito; O St. Dominic's Gospel Choir a acompanhar o pai da jovem na interpretação de "Happy Days"; 4 artistas lançavam faíscas do peito com recurso a rebarbadoras e a placas de aço, enquanto uma banda cantava os grandes êxitos do anos 60, 70 e 80.

...

Depois disto fui-me embora daquela que foi, sem dúvida, a melhor definição do termo "extravagância" que tive até hoje.

3 comentários:

  1. ... assim já sabem o que é que devem fazer para a minha festa de anos no ano que vem...

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  2. Roubaste-me esse título, que eu tinha reservado para pôr no blog numa situação em que encaixasse bem!

    ...

    Mas vendo bem, sou capaz de nunca me vir a cruzar com uma situação tão indicada como essa...

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  3. Não sei porquê, Margarida!!! Não vais fazer 18 anos..... ;D

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