Domingo à tarde peguei na guitarra e fui dar uns acordes para os jardins de Belém, de forma a poder aproveitar da melhor maneira o sol que se fez sentir pela cidade.
Lá chegado deparei com uma plateia bem composta, espalhada um pouco por todo o verde. Numa primeira análise quis acreditar que toda aquela gente estava lá para me ouvir, obviamente.
Mas eis que, num piscar de olhos, o vislumbrei ao longe... e nesse momento, a minha imagem de guitarrista alternativo e misterioso perante os presentes caíu por terra, atravessou a estrada e a linha de comboio e desapareceu por entre as calmas águas do Tejo.
Passo a descrevê-lo: Semblante carregado e sério, qual mensageiro a cumprir a missão que lhe foi incumbida, T-shirt beige (em tempos branca) de manga caveada, calças azuis de fato-treino arregaçadas até meio da canela, peúga branca, pedalando a toda a força uma bicicleta encarnada com cestinho à frente transportando um rádio a pilhas que, por sua vez, a altos berros, presenteava os transeuntes com hinos consecutivos desses deuses musicais que dão pelo nome de Diapasão.
Enquanto ali estive, o indivíduo deu seguramente umas 7 voltas ao jardim, a velocidade constante e música a acompanhar o passo.
Perante isto, meus caros, quem poderia ficar indiferente? Eu não.
E no próximo Domingo lá estarei, em primeira fila, à espera que esse mensageiro iluminado passe por mim e me atire um "Há festa na aldeia" ou uma "Bela Portuguesa" sem pretender nada em troca.
testing...
ResponderEliminarYESSSSSSSSS!!! :D
ResponderEliminar