Ontem aconteceu algo que me fez virar para mim próprio, rir-me de mim próprio e dizer a mim próprio: "Pah, tás a ficar velho!".
Basicamente, adormeci no barbeiro. E isso é, para mim, um dos sinais mais claros de velhice. Ninguém adormece enquanto bicos afiados de tesouras lhe raspam o toutiço... a não ser, claro, que a idade implique que o facto de estar sentado e descontraído, seja em que circunstâncias for, leve ao apagão automático do sistema.
Isto passou-se à tarde. Irónico é eu ter passado a manhã de ontem a discutir com o meu colega Jorge quais eram os adereços mais relacionados com a velhice.
Até agora estamos em acordo nas seguintes:
1 - Óculos graduados com lentes escuras ligadas por dobradiça;
2 - Suporte de telemóvel adaptado ao cinto (this one's for you, Dad...);
3 - Sandálias de couro castanho;
4 - T-shirt por dentro das calças.
Aceitam-se sugestões para completar a lista...
terça-feira, 20 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Pensamentos
Como é possível que na mesma vida - na mesmíssima vida! - na mesma pessoa, no mesmo corpo, na mesma mentalidade, dentro dos mesmos padrões de análise experimentalista do quotidiano, possa haver dias tão diferentes: uns, de realizações pessoais extremas que roçam a perfeição; outros, de uma futilidade assustadoramente desmotivante...?
Volta, Freud, estás perdoado.
Volta, Freud, estás perdoado.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Meu Irmão
Do berço aos 10 conquistaste
- enchendo teus pais de agrado -
a fama de bom rapaz,
calminho e bem educado.
Dos 10 aos 20, assumiste
o rebelde em ti escondido.
Um cigarro, um copito...
e, claro, o cabelo comprido.
Num mar de jovialidade,
Com postura e muita pinta
Deste inveja aos que envelhecem
Quando vão dos 20 aos 30.
Parabéns, meu caro irmão!
Como tu, não há nenhum.
Mas o que lá vai, lá vai...
Começa agora o 31!...
O Nabuco
Chamem-lhe tardia, irónica, estratégica, o que quiserem. Eu acho que esta homenagem é, sobretudo, merecida. E aqui vai também o meu "bem-haja" ao Manel Nabuco!
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