segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Ai o Artista!...

A atribuição dos Óscares deste ano vem comprovar que o cinema é, como deve ser, um lugar para todos.

E não falo do facto de se ter reconhecido um filme francês em território americano (porque isso é mais politiquice que outra coisa). Falo, sim, do paradoxo criado nesta cerimónia, ao se atribuir a estatueta de melhor filme a um filme mudo, a preto e branco, numa era em que a tecnologia audiovisual se supera a si própria de dia para dia.

O 3D, o Dolby, a Realidade Aumentada, etc... é tudo muito bonito. Mas n'O Artista, a ideia é genialmente simples: "E se fizéssemos um grande filme à maneira antiga?".

Resultou, e de que maneira! O Artista é uma obra de arte que vai ficar na história do cinema, pela simplicidade com que demonstrou que a beleza de um filme não pode nunca depender das técnicas mais ou menos avançadas com que é produzido, mas antes pela dedicação com que se leva a cabo um projecto em que se acredita com todo o coração.

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